quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Morgana- por Camila Bernardini


Vanessa estava sentada na janela do seu quarto, observando as folhas das árvores, que lentamente balançavam seguindo o ritmo do vento. Olhou para as nuvens no céu, estavam escuras e pesadas. Logo choveria. O dia estava quase que perfeito, não sentia vontade de fazer nada, queria passar o dia todo assim, naquela janela. O seu celular tocou, pelo toque já sabia ser Carlos, sorriu, adorava escutar a voz dele, principalmente logo pela manhã.
Falou pouco no telefone, o bastante para deixá-la irritada. Não irritada com Carlos, mas com Morgana, uma mulher misteriosa, que ninguém sabia realmente sua identidade, a única coisa que sabiam dela era que tinha do nada, sentido uma súbita paixão a Carlos, prometendo a ele as loucuras mais ousadas. O que a irritou mais ainda, foi saber que ela disse que a única mulher que servia para ele, era ela mesma.
Intrigada sobre essa mulher, Vanessa tentava de todas as formas descobrir o que ela realmente queria, sem, contudo conseguir respostas que não fossem de todo superficiais. Já tinha até procurando uma detive que pesquisou o que pode de Morgana, mas nada verdadeiramente útil.
Escutou seu celular tocando, novamente era Carlos
- Tenho uma novidade?
- Qual?
- Vou me encontrar com Morgana, finalmente saberei quem ela é.
- Você me parece muito empolgado, para quem disse não estar interessado.
- Só quero descobrir a identidade dela, não precisa ficar com ciúmes.
- ...tá!
- Vou encontrá-la hoje, naquele apartamento perto do Vila Lobbos.
- Divirta-se!
Vanessa, em um ataque de fúria desligou o telefone na cara dele. Homens, ele poderia até sim amá-la, mas naco resistiria aos encantos daquela mulher, que nem tinha coragem suficiente de dizer quem era realmente. Talvez fosse feia! Riu de si mesma, com seus pensamentos infantis de ciúmes, afinal não era assim.

2
Carlos chegou a seu apartamento, às dez da noite. Estava com uma grande expectativa sobre o que aconteceria naquela noite. Afinal, pelo pouco que teclará pela internet com Morgana, ela parecia ser uma mulher cheia de encantos e com certeza sabia agradar um homem na cama.
A campahia tocou, seu coração disparou. Só podia ser ela, que tinha chegado. Abriu a porta, e se espantou com tamanha beleza da mulher a sua frente. Sua pele era alva, branquinha como a neve, lábios carnudos e vermelhos, olhos de um tom azul que pareciam lentes. Seus cabelos negros, compridos desciam por toda sua cintura. Ela estava vestida com uma mini saia preta de couro, que deixavam a mostra suas pernas bem torneadas, fazendo com que aumentasse seu desejo por ela, usava um corpete vermelho, bem coladinho ao corpo, que mostrava muito bem suas curvas e seus seios bem fartos.
- Então vai me convidar a entrar ou não?
- Me desculpa, entre. – Carlos respondeu meio sem graça, ficou tempos a admirando na porta, quase que hipnotizado, que se esqueceu de convidá-la.
Morgana sorriu ao escutar o convite e entrou mesmo seu salto sendo agulha não fez barulho no piso de madeira, era como se com sua leveza flutuasse, e não caminhasse como o resto dos mortais. Nem poderia como uma beleza tão exótica como aquela poderia ser comparada com um ser qualquer.
-Sinta- se em casa minha ninfa.
Ela apenas jogou um olhar para Carlos, foi até a estante da sala onde estavam os CDs. Pegou um do Eric Clapton, e colocou no aparelho, escolhendo a faixa doze cocaine! Começou a dançar insinuando-se para Carlos, e aos poucos tirando sua roupa. Ele assistia tudo, se m nem sequer conseguir desviar o olhar. Sabia que tinha prometido a Vanessa, não traí-la, mas a tentação era forte.
Morgana então se aproximou de Carlos, o beijando, um beijo quente e prometedor, enquanto suas mãos escorregavam por entre as pernas dele. Ele a pegou no colo estranhou por um momento sua pele fria, mas o desejo continuava forte, e a levou para seu quarto, a deixando deitada em sua cama. Ela o puxou para si com muita força, beijando levemente seu pescoço. Carlos estremecia a cada toque. Quem seria aquela mulher que o estava deixando louco? Foi então que sentiu leves mordidos em seu pescoço, e uma dor pequena vindo de onde ela o mordera, passou a mão em seu pescoço, viu que algo escorria dali. Levou a mão onde pudesse ver sangue! Assustou-se, tentou levantar da cama.
- Tarde de mais, meu Lord!
Morgana o derrubou, para que ficasse deitado na cama, e subiu em cima do seu corpo, prendendo as mãos dele para cima, assim não teria movimento, enquanto ela sugava seu sangue. Mesmo a beira da morte, Carlos não entendia como podia sentir tanto prazer, ao ponto de gozar. Ela sorveu a última gota de sangue, o deixando morto na cama. Sorriu, homens sempre eram presas fáceis de mais.

três

Vanessa sabia que não conseguiria passar a noite em sua casa, pertubada e com medo que por outra maldita mulher, Carlos a largasse. Nunca fora insegura desse jeito, não sabia o que estava realmente acontecendo, mas mesmo achando errado decidiu de que iria atrás dele no apartamento. Afinal, ela também tinha curiosidade em saber quem era Morgana. Pegou suas chaves e saiu.
Chegando ao apartamento, o porteiro que já a conhecia, deixou-a subir normalmente. Vanessa pegou o elevador com o coração levemente disparado, era uma mistura de ansiedade com angústia sem fim. Chegando ao andar destinado, bateu na porta, para sua supressa e maior mal humor, quem abriu a porta foi a cuja mulher, que a deixara nesse estado de insegurança. Olhou muito tempo para Morgana, realmente bela.
- Onde está Carlos?
Morgana não respondeu, aproximou-se de Vanessa, que estremeceu com o quase contato. Ficou assim perto dela, levou suas mãos ao cabelo de Vanessa e o acariciou, descendo pelo pescoço, escorregando por seus seios, até ir para as pernas, onde a mão podia passear livremente, já que o vestido tornava as coisas mais fáceis.
Vanessa tentou se afastar, mas nunca sentiu tanta excitação, com o toque de alguém. Será que todo esse tempo ela gostava de mulher e não sabia? Morgana, voltou as mão acariciando os lábios dela, e dessa vez o toque foi correspondido. Vanessa afastou as mãos a beijando com violenta fúria, e paixão. As duas se amaram ali mesmo na entrada da porta do apartamento. Vanessa se entregando aos mais diversos toques, descobrindo mais sobre seu corpo e seus desejos. Exaustas, caminharam até o sofá da sala onde deitaram.
- Minha doce criança.
Vanessa olhou para aquela voz tão doce, e ao escutá-la sentiu vontade de beijar Morgana novamente, ela porém afastou os lábios, o encostando no pescoço de Vanessa. Cuidadosamente sugou um pouco de seu sangue, fazendo assim com que as duas entrassem num orgasmo, cheio de explosões de prazeres inimagináveis.
As duas então adormeceram abraçadas. Vanessa então esqueceu seus reais motivos de ter ido até ali, estava completamente apaixonada por aquela vampira. E sim, a alimentaria sempre, depois de se amarem

Um comentário:

Adriano Siqueira disse...

Um fascinante jogo de sedução que encontrei no seu conto camila.
Uma verdadeira teia de prazeres que por sinal, está muito bem escrito.
jogos assim são tão envolventes que prendem a gente e ficamos com gosto de mais...
adorei a historia.

Adriano Siqueira