terça-feira, 29 de julho de 2008

Bem vinda às trevas – Parte 2 – por Adriano Siqueira




Continuação do conto criado por Camila Bernardini.

Bruna passava por uma noite singular. Caminhava pelos pequenos corredores do cemitério. Observava detalhadamente o local. Seus olhos podiam ver com maior intensidade. Mesmo os locais mais escuros pareciam muito nítidos para os seus olhos. Ao seu lado caminhava o vampiro que havia transformado em uma criatura noturna. Ele comenta:
- Hoje será a sua primeira noite por isso, muitas coisas estarão diferentes para você!
- Você mora aqui? Pois se mora deve ter um harém já que ataca todas as mulheres que por aqui passam.
- Para dizer a verdade eu nunca as transformei em vampiras. Você é a primeira. Eu costumo chupar o sangue até que morram e depois corto a cabeça para não se transformarem em vampiras.
- Jeito simples de não ter concorrentes.
- Você me irrita com sua ironia e insolência. Começo a pensar se ainda é uma boa idéia mantê-la neste estado vampírico. Saiba que este dom é para poucos.
- Preferia ser uma cantora de rock ou uma escritora. Uma vampira não deve se divertir muito em um lugar como este.
- Pois saiba que eu tenho um reino aqui. E eu comando todas as criaturas da noite.
- Poderia ao menos comandar bons alfaiates já que sua roupa está um pouco rasgada.
- Para sua informação este terno é francês.
- De que século?
- Chega! Mais uma destas piadas irônicas e eu corto a sua cabeça.
- Calma Vampiro! Estou apenas tentando me divertir um pouco por aqui. O ambiente que estamos devemos ter um pouco de diversão. Afinal qual é o seu nome?
- Damien Dark e o seu?
- Bruna.
Damien para em frente a uma casa bem no meio do cemitério ele aporta para a porta e diz:
- Bom Bruna Bem-vinda ao meu lar. Meu castelo meu...
- Muquifo? – Bruna ri.
- Pensei que os vampiros tinham castelos.
- Os tempos mudaram. E eu considero esta casa como meu castelo.
- Tudo bem! Não fique irritado. O que importa são as goteiras não caírem nem na cama e nem na mesa.
- Bem.... Na mesa não cai.
- Que bom Sr. Damien.
- Não tenho mesa.
- Ah.
- Bom então acho que devemos dar uma boa olhada neste seu... “Castelo” começando por... – Bruna olha a vassoura e depois olha para o Damien e continua. - Onde está o vinho?
- Vinho? Eu pensei que você iria dar uma faxina no meu castelo.
- Esta vendo estas mãos aqui...
Damien tenta pegar na mão da Bruna mas ela puxa rapidamente.
- Olhar... Não tocar!
- Sim estou vendo Bruna.
- No dia que você me ver com uma vassoura na mão eu serei uma feiticeira e não uma vampira entendeu?
- Entendi sim ser diabólico.
- Então seja um vampiro bonzinho e me leve para passear. Pois estou com fome e com vontade de beber... mas antes! Vamos ver uma roupa de verdade para você sair.
Bruna e Damien vão até a cidade e entram na loja de ternos depois de meia hora eles saem com o vampiro muito bem vestido. Então Bruna pergunta:
- Por quê hipnotizou o vendedor para achar que você pagou o terno.
- Porque assim eu economizo.
- Vai me dizer que além de não ter castelo você também não tem dinheiro.
- Não sou um vampiro que liga para coisas materiais.
- Para que você liga então.
Damien olha para Bruna e depois de algum tempo diz.
- Gosto de ver uma mulher bonita.
Bruna dá um sorriso e segura na mão do Damien e comenta:
- Sabe Damien. Você acabou de fazer um ponto.
- Então vamos em frente. Conheço uma casa noturna muito agradável para nos conhecermos melhor.
- Você esta começando a falar a minha língua.
Logo que eles chegam na casa noturna o segurança barra-os na entrada e pede para ver os documentos. Damien responde:
- Somos vampiros não precisamos de documentos.
- Então mostre os caninos.
Damien agarra o segurança e ele tenta gritar mas Bruna coloca a mão em sua boca enquanto o Damien suga o seu sangue e logo em seguida joga o seu corpo para trás do balcão. Logo em seguida ele beija a Bruna pegando-a de surpresa mas quando ela sente o sabor do sangue em sua boca ela beija com intensidade e o abraça.
- Você beija bem Damien.
- O negativo!
- Não entendi.
- O sangue é O negativo. Se fosse O positivo a intensidade do beijo seria ainda maior.
- Quer dizer que o tipo do sangue pode diferenciar o beijo?
- Isso mesmo Bruna. E para sentirmos outras coisas com maior intensidade, precisamos de uma variação de, pelo menos, 3 tipos de sangue.
- Isso é bem curioso.
- Venha vamos nos alimentar aqui dentro.
Os dois entram e logo em seguida na pista existem duas mulheres dançando agarradas a um cano de ferro.
Bruna se aproxima de uma delas e a atenção sobre a dançarina a deixa excitada. Damien aprecia em silêncio.
Bruna segura o cabelo da dançarina e ela olha assustada e depois de alguns segundos continua a dançar hipnotizada sem se importar com os toques da Bruna.
Toca em muitas partes do seu corpo por algum tempo e empurra os cabelos para um lado deixando o seu pescoço a mostra.
Ela dá um beijo no pescoço e a mulher da um sorriso. Ela dá outro beijo e logo em seguida morde profundamente o seu pescoço não dando reação para a mulher gritar. Seus olhos vão fechando aos poucos e ela segura a mulher para não cair. Damien faz o mesmo com a outra dançarina. Depois de se alimentarem por algum tempo eles se abraçam e se beijam. O sangue em suas bocas é misturado causando muito prazer no beijo. Seus toques ficam mais íntimos eles começam a dançar bem colados. Bruna entende a magia de experimentar essa variedade de sangue. Ela fica excitada e Damien aproveita a cada segundo todo o êxtase daquele momento.

Um comentário:

Lady Mila disse...

Adorei Dri, obrigada por ter dado continuidade, mostrando a nova vida de bruna!