segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Pacto de Sangue - Por Denny Guinevere







__ Venha Samantha. Sente-se conosco.
__ Como negar a tal pedido caloroso e de tão boa companhia? – retruquei com uma luminosidade diferente no olhar.
__ Quero apresentar-te Marine. – Curvei-me levemente sobre as pernas fazendo uma reverencia elegante. Sabia qual seria a intenção de meu amigo ao apresentar à jovem. Lord Mario era um veterano, um experiente no assunto e conhecia bem meus gostos.
Sorri examinando a bela moça de cabelos negros que enrubescia diante nós, por alguma razão no seu intimo Marine tinha consciência do perigo que corria. Sabia que seria arriscado ficar entre vampiros, mesmo assim permanecia gélida e tranqüila.
__ O prazer é meu my Lady. – disse tentando acalmar os sentimentos vorazes que transpareciam naqueles olhos azuis como o oceano.
__ Vocês são vampiros? – perguntou a jovenzinha inocente.
Lord Mario como eu, ignorou tal pergunta. Havia rumores sobre nossos nomes e criar raízes no bairro fora um erro irremediável do qual nos deliciávamos. Éramos temidos, e únicos naquela vila de origem classe media. Eu e Mario mantínhamos limites, não afrontávamos os humanos nem nos alimentávamos deles. A não ser que... Pedissem.
__ Lord Mario. Peço licença para ausentar-me por alguns instantes, tem algo que preciso fazer. Leve Marine á um lugar mais reservado – e piscando para ela continuei – claro, somente se ela desejar.
__ Eu quero. – falou Marine levantando-se da cadeira imediatamente.
Acompanhei os passos de meu mestre que levava consigo a jovem mais linda que já vira. Paguei a conta e minutos depois estava circulando entre os prédios do centro de São Paulo.
Marine! Que cheiro delicioso. O sangue rubro deveria ser uma tentação única. Um desejo contido em qualquer vampiro. “Apesar de ousada, é uma peça rara” – pensei.
Vinte minutos passados cruzei a porta do motel em que Lord Mario se encontrava com a jovem Marine.
__ Espero não ter demorado.
__ Fique a vontade – disse Lord Mario levantando em suas mãos uma taça com vinho em minha direção. Ele sentou na cadeira posta um metro longe da cama observando.
__ Quer mesmo estar aqui? – perguntei a ela com certa malicia.
__ Sei o que são. E não há lugar melhor no mundo onde queria estar neste momento se não fosse com vocês.
__ Uma dama corajosa.
Marina sentou na cama com as mãos entre as pernas fazendo uma cruz, ela abaixou o olhar e respirou fundo.
__ Não precisa ter medo.
__ Não tenho.
Lord Mario sorria se deliciando com o medo da jovem e com a ansiedade em aparentar-se corajosa á nossos olhos. Sorri mais uma vez.
Aproximei-me do rosto de Marine, ela sustentou meu olhar. A boca da jovem se abriu e soltou leve suspiro. Beijei-lhe a boca macia, os lábios carnudos de Marine fascinaria qualquer um.
Deitei-a na cama e contemplei seu corpo magro, suas curvas pequenas, seu corpo frágil. Tirei lentamente a blusa dela, a respiração ofegou-se. As pernas se contraíram entre as minhas, fazendo-me enlouquecer com a quentura de seu corpo. Beijei a barriga de Marine contornando cada parte de seu corpo com minha língua. Ela se contorcia ao me abraçar entregando-se aos meus caprichos.
__ Você esta quente. Não era para ser fria? – disse ela um pouco desanimada.
__ Acabei de me alimentar, o sangue percorre as veias mortas. Por isso neste momento sou quente.
Despi Marine rapidamente. A fúria carnal e os vestígios humanos se manifestavam em meu ser.
__ Queremos você Marine.
Ela abriu gentilmente as pernas nuas revelando seu corpo na forma natural. Deliciei-me com aquele corpo pequenino usufruindo de cada parte dela. Beijava ferozmente cada lugar por qual passava, não me passando despercebido o medo de uma mordida mortal.
__ Samantha? Posso pedir um favor?
__ Claro.
__ Desejo que me morda. Quero satisfazê-la por completo.
__ Eu não poderia fazer isto, poderá morrer.
__ Eu quero.
Olhei para Lord Mario que se aproximava da gente, passando as mãos no corpo dela se deliciando também. Marine além de corajosa demonstrava-se madura ao se envolver tanto naquilo.
Mario deitou-se na cama por cima de Marine. Vi os dois fazerem amor, enquanto ele me olhava tentando imaginar o que eu iria decidir.
__ Venha! – disse ele.
Fizemos amor. Marine era esplendida. Uma mulher e tanto.
Mario mordeu meu pescoço e o sangue rubro desceu pelo meu corpo. Marine soltou um suspiro de desespero ao ver os dentes alongados de Mario. E a maneira como ele se alimentava de mim assustou um pouco.
__ Quer mesmo isso? – disse Mario que ate então permanecia neutro.
__ Quero.
Beijei o pescoço dela enquanto Mario a penetrava intensamente. Olhei para ele com certa duvida. Meus dentes se alongaram. Finquei os dentes no pescoço dela e absorvi o liquido rubro mais delicioso do mundo. Marine estremeceu.
Mario a penetrava velozmente. Marine cedia. E eu bebia do sangue dela.
Quando a soltei na cama, a vida dela estava por um fio.
__ Quer uma companheira Samantha? – disse Mario sorrindo.
Não respondi. Mario a fez beber de seu sangue.
__ Em algumas horas ela será tua.
__ Mario. Não a queria como companheira. Eu a desejava como humana.
__ Agora seremos nós três. Porque vejo amargura em teus olhos? Ela já havia me pedido isto. Queria viver com você. Será nosso pacto de sangue.
Levantei da cama vestindo minhas roupas. Precisava ficar só.
__ Em duas horas voltarei. – disse batendo a porta atrás de mim.



*Em homenagem ao inspirador de meus sonhos mais obscuros e vampirescos. Amo-te!

2 comentários:

Adriano disse...

Olá Denny,
É uma história muito bem produzida.
Deixa a gente pensando que o vampiro pode comenter erros e que as vezes, estes erros podem ser eternos.
Adorei isso.. ficou como uma novela, cheia de suspense e jogos de medo, amor e erotismo.

Vale a pena ler os seus escritos.

Escreva sempre
Adriano Siqueira

.Z: disse...

Carpe Noctem

Hum... quem disse que vampiras não podem ter ciúmes? Rsrsrs...

Adorável o conto, e deixa margem para continuação...

Elaine .Z: