"Esforço-me para tragar,
Pequenas partículas do úmido ar,
Que em minha fria pele,
Confia seu gélido ósculo.
Sim, sou um cadáver!
Que perambulo entre as árvores,
E flores noturnas,
Escondendo-me da luz da lua.
Sons lançados de meus ouvidos,
Funesta melodia soprada aos ventos da angústia.
Dos meus ásperos olhos escorrem sonhos tumulares,
Erguidos do pó dos silêncios.
Caminho á atormentar,
Meus irmãos já mortos que também vagam.
Como almejo respirar,
Sorver do cálice amargo,
Os desprazeres dessa aurora."
Poliana P.B.