quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Corpos Mortos - Por Denny Guinevere Du Coudray.




Magno encarava-me.
Seu semblante frio á me congelar.
Estavamos num Hotel luxuoso na grande São Paulo.
__ Depois de tanto tempo, finalmente! - murmurou Magno.
__ Um vampiro com sentimentos? - debochei de sua fraquesa. - Ainda resta vestigios humanos, meu caro?
"Não" - eu sabia que nao existia. Sabia que nosso sentimento era de poder. Dois vampiros poderosos disputando a sedução da carne morta que vestiamos como roupas sujas.
Magno beijou minha boca e num empulso violento jogou-me na cama que fez um barulho estridente. Mordi o pescoço dele absorvendo o sangue que vertia obrigatoriamente devido ao corte. Ele gemeu de dor.
Esbofeteou minha face o que causou motivos de risos, adorava vê-lo descontrolado.
__ És minha maldita!
Magno arrancou minhas vestes revelando meu corpo nu. As curvas bem torneadas e minha cara de menina malvada cativaram-no.
__ Tu és perfeita.
Sorri.
__ Não sou de ninguém - disse por fim.
__ Mas está noite será minha!
Os cabelos loiros de Magno se fundiam aos meus. Violentamente ele penetrou em mim, saciando sua fome. Ele usava a violencia e eu me divertia. Mordia os lábios, as costas, enquanto ele me batia.
__ Eu a quero do meu jeito!
Magno estava transformado, me possuia de maneira que nenhum mortal um dia conseguiria fazer.
Eramos dois vampiros amando-se como feras selvagens, um saciando o ego do outro, dois serem solitários que compartilhavam a solidão de seus corações mortos.
Uma, duas, três horas... Sabiamos que poderíamos ficar a eternidade inteira. Não concluiriamos o ato, não por sermos vampiros, mas por não sermos vivos.
__ Vamos embora. - disse ele com aquele tom que somente amantes possuem.
__ Claro. - confirmei eu, ao levantar-me da cama vestindo minhas roupas.
Magno olhava-me.
Sua beleza encantava-me, "Ser perigoso" - conclui em pensamentos .